Mensagens

A mostrar mensagens de 2004

Piriquito

Viste-me Nascer, Crescer, e Viver. Deste-me este nome, que me acompanha agora, e que me fez ser aquilo que sou hoje. Mesmo, fechado nesta gaiola, conseguiste-me iludir, e fazer viver, fazendo-me crer que tudo não passava duma gaiola fictícia, que afinal acabei por descobrir, o é… Amaste-me, Acarinhaste-me, Ensinaste-me a Vida, e deste-me tudo aquilo que poderia prescisar, e tudo aquilo que poderia querer. Eras como uma inspiração, e uma fonte de energias, inesgotáveis, e davas a tua força a tudo aquilo que tocavas. Abriste-me a gaiola, e deixaste-me voar e viver o mundo todo á minha maneira, mas só hoje, percebi o quanto valia a minha gaiola. O valor que te dava, e o quão a minha gaiola e a tua companhia me eram importantes e necessários. Soltaste-me, mas eu não fui capaz de encontrar o caminho de volta, nem fui capaz de cantar e tentar encontrar-te novamente. Agora enquanto voo, tento encontrar uma nova gaiola, uma gaiola a que me possa agarrar, e que me

Café a Dois

Naquela tarde, estavas tu sentada, naquele mesmo canto do café, e pausadamente o tomavas, quando deste pelo olhar dele. Já sabias quem ele era, e já antes tinhas reparado naquele olhar, aquele olhar que te parecia penetrar o Coração, e que te deixava com uma certa ansiedade. Mas, nesse dia, também tu notaste algo diferente no olhar dele. Aquele olhar que tantos cafés te tinham feito tomar, nesse dia, parecia outro. E isso arrepiou-te... Sentiste uma pequena brisa atravessar-te levemente o corpo, e ainda pensaste que poderia ser algum sinal, mas rapidamente largaste os teus pensamentos, e concentraste-te novamente naquele olhar. Enquanto olhavas, timidamente, pelo canto do olho, reparaste que o olhar se desviara. Levantou-se e começou a caminhar no teu sentido. Nesse momento sentiste um tremor de terra dentro ti mesma, e sem dares por isso escorreu-te, levemente, uma gota pela testa. Sentiste ainda um calor tremendo, e parecia que tinhas o coração a arder, e quanto mai

Sol (Taai Joeng)

És aquele que nos ilumina os dias, Aquele que nos aquece , Aquele que nos descasca , Aquele que nos bronzeia , Aquele que nos dá Vida , Aquele que nos faz Viver ... Enquanto, tu, Meu Sol , Eras aquela que me iluminava, Aquela que me metia um Sorriso, Aquele Sorriso denunciado, Aquele Sorriso Apaixonado . Tu, Meu Sol , eras aquela por quem, Eu acordava e anciava, Ver e Partilhar o meu dia-a-dia. O Sol do meu Coração, O Sol da minha Alma, O Sol da minha Vida. Enquanto aguardo que a noite acabe, E que um novo dia nasce, Espero por um dia de Céu azul, Onde te poderei Ver novamente, Meu Sol ... 太陽 Santarém

Piri

Nesse teu mundo, tentas encontrar aquele ponto que finalmente te deixará escapara para algo, a que tanto te dedicas e esforças, mas que teima em não aparecer... Neste meu canto, tento, à minha maneira, dar-te algo que te possa ajudar e dar forças para continuares a esforçar-te. E Aqui entre nós, sinto, e tu, lá no fundo desses teus labirintos, também o sentes, que conseguirás. Agora, digo-te que só de ti dependerá aquilo que alcançarás...! A ti, Piri Santarém, Setembro 2004

Prima Vera

Chegaste, Refrescaste, Aqueceste e Começaste a Florir-nos o Mundo... Mostraste-nos o Amor e Alegraste-nos a Todos, com os teus Longos Dias. Oh Primavera, Estação do Amor, Quando vens, Fazes-nos Outros!! E o poder que tens para Florir, não só o Mundo, mas também os Nossos Corações, mostra-nos o Quanto devemos à Natureza!! O Mundo parece que Muda sempre que Vens. E as Pessoas? Essas, Florescem como as Rosas, Apaixonam-se e Alegram-nos esta nossa Sociedade... Ai como tu nos tiras da Monotonia do Mundo Moderno! Primavera, é pena é seres só uma Estação, e não a Prima Vera, Porque Senão serias a mais Desejeda delas Todas... :) 2000

MACAU

Macau, Terra de Sonhos e Vidas Lugar de Prazeres e Alegrias Cidade de Câmbios Culturais, Onde Predominam Culturas Asio-Europeias. Cidade onde o Dragão adormecido Espalha-se por entre Ruas e Ruelas. Cidade de Paixões e Amores, Onde o Primeiro Olhar pode Ser Fatal! 澳門 Macau, 5 de Agosto de 2000

História de Um Rapaz

Os contrastes da vida alteram-nos completamente e fazem-mos ou felizes, enérgicos e com força para viver, como também nos metem de rastos, sem paciência nem força para a realidade cruel que o mundo nos transmite. Hoje escrevo sobre este último caso... A tristeza, a solidão, e a tentativa de fuga deste mau episódio da vida de qualquer um. Talvez não de todos, mas de muitos, e para esses muitos, a luz, aquela pequena chama interna da alma, tem de estar sempre muito bem acesa e iluminada, para que não caiam no erro, o erro de terminar com esta maravilhosa sorte, que nem sempre se parece, que é ser um SER Humano. Não só sorte, como também uma honra, e um dom precioso. Algo que jamais deveremos abdicar-nos, por mais torta, ou mal que a vida nos vá correndo... Teremos sempre uma porta aberta à nossa espera, por mais escondida, baralhada ou confusa que esta esteja, independentemente de acreditarmos em algum Deus, ou algo superior a nós ou não, a vida é algo que só vem, só vive,

Até Quando?

A Vida hoje em dia parece rumar ao fundo do poço. A grande maioria das pessoas, a população mundial, vive cada vez mais afastada de si mesma. As sociedades tornaram-se em autênticos mundos à parte, onde cada um zela pelos seus interesses pessoais, e viva o dia-a-dia, cada vez mais, sem dignificar a causa da vida. O dinheiro e a ganância humana atingem limites ousados, em que se privilegia o bem estar de uma elite restrita da sociedade, do mundo, em contra-partida do nível de vida do resto da população mundial, que vive cada vez pior e abaixo de um limite aceitável. O mundo chegou a fases em que, o outro, é cada vez menos parte de nós. Pouco nos interessamos pelos acontecimentos que se fazem passar à nossa volta, e quando o fazemos não passa de uma preocupação que nada ou pouco faz melhorar o mundo que nos rodeia. Estamos numa fase, em que poucos podem realmente fazer a diferença, e esses que podem, nem sempre o fazem, por interesses exteriores à causa. O mundo de hoje vive de lob

Alma Gémea

Fala-me de ti Diz-me o que és para mim, Onde Será que nos encontraremos E será antes que chegue o Fim? Não consigo viver sem ti, Mas também não te procuro. Será que juntos viveremos Ou ficarei sempre no escuro? Conta-me coisas do além Onde o Sol brilha nos teus olhos E o vento sopra pelos teus cabelos. Fala-me de ti Diz-me o que eu sou para ti Quando é que o desejo de te ver aqui Me mete a voar para fora daqui? Por onde será que andas Longe das minhas bandas, Minha Alma Gémea, Minha Alma Gémea. Santarém, 17 de Março de 2004

Spring

WELCOME WE SAY, FOR YOU TO COME WE WISH, FOR YOU WE HAVE BEEN WAITING, OH SPRING... THE FRESH, RAINY SUNNY DAYS YOU BRING, THE COLOR AND JOY YOU GIVE TO NATURE, MAKES US ALL FEEL HAPPIER... OH SPRING YOU FLOURISH OUR LIVES, AND OPEN OUR MINDS, WITH LOVE FROM THE HEART. LONGER DAYS, SHORTER NIGHTS AND ALL WE KNOW ABOUT YOU IS YOUR NAME, WHEN YOU COME, AND HOW YOU COME...! OH SPRING, WELCOME BACK, ANOTHER YEAR HAS COME, AND YOU, ARE BACK AGAIN, WASHING OUR SUNNY DAYS, AND MAKING OUR DAYS GREENER! OH SPRING PLEASE STAY WITH US LONGER! THE LOVE YOU BLOW TROUGH THE AIR, THE LOVE YOU GIVE US ALL, MAKES THE WORLD A BRIGHTER ONE, ONCE AGAIN, OH SPRING... OH SPRING! LISBOA, SPRING 2004

A Religião

Falamos diariamente neste tema, mas jamais o compreendemos. O que será que temos de fazer até sabermos o real significado dela, ou será que ela tem algum significado de O ser? Ela está sempre à nossa volta, quer queiramos, quer não, ela vem sempre ter connosco. Sem percebemos porquê aceitamo-la, ou sem sabermos porquê rejeitamo-la. Aqui e ali, pregam-se as diferentes religiões que existem, e aqui e ali mata-se pelas diferentes religiões, e ainda aqui e ali novos seguidores se juntam ás diferentes religiões. Mas qual será A Verdadeira delas todas? Será que há uma?! Ou será que são Elas são todas verdadeiras? A questão depende de cada um, porque com esta pergunta, teremos milhões de respostas diferentes, e ao mesmo tempo iguais, pois nenhuma delas nos responde realmente ao que queremos saber! As perguntas mais elementares, que ao mesmo tempo são as mais complexas ficam sempre sem respostas. E Assim continuamos iguais ao que éramos no inicio, e a fazer-mos o que fazí

Minerva

Adoro aquela tua maneira de ser, Mais simples que a Natureza, Que com um Olhar Envenena qualquer Coração perdido...! Olho-te no olhos, quando Te vejo nos meus sonhos, Mas por mais que te ame, Parece impossível encontrar-te na altura certa! Certamente nunca te iria Conseguir dizer a verdade, Porque quando falar É a Solução as palavras E os meus sentimentos Parecem desaparecer, Por entre, Pensamentos e Receios, Do que te haverei de dizer! Lisboa, 2001

Small Thought on Human Life

Human Life, or What We Call Human Evolution, Keeps Taking More and More Control of The World. Wars, Killings, Murders, Robbers, Disasters, Accidents and So On, Keep Destroying and Taking Away The REAL Meaning Of Life... Nations, Countries, Different Cultures, Whole Different People Out There, What For?? Politicians, Cops, Gangs, Military, Rebels and On, and On? Why Are WE So Greedy People? Why Do We Always Want To Give a Step Forward in the WRONG Direction? What Is All This For, If We Are Going To Leave Sooner Or Later, And Give Way To A lot More Generations Still To Come?! Why Should We Leave It Worse, When We Are Supposed To Come Here, Live Our Life, Know People, Have Fun, Study and Invent, Trip Around The World, And Share Our Love, Our Thoughts, Our Knowledge and Our Dreams, In Other Words Living Life as If It Was A Story Book. Not Just Any Story Book, But Our Own Story Book, A Special Story Book, Where Our Days Go On and On, Page After Page, Day After Day, On As It G

A Primeira Vez

"Já alguma vez experimentaste?" - Perguntou ele, assustado e apavorado, porque na altura, não fazia a minima ideia do que haveria de fazer. "Sim! E é bom... Muito Bom!" - Respondeu-lhe ela calmamente, com um ar de confiança total, que transcendia-lhe daquele sorriso lindo. Nesse momento, ele, timido e envergonhado, ficou silencioso. Por entre o silêncio dele, percorriam-lhe dezenas e centenas de ideias pela cabeça, a confusão era tal que ele não sabia se haveria de seguir em frente e experimentar pela primeira vez, ou recuar sem olhar pra trás. Enquanto isso, ela observava-o e fazia aquele sorriso típico de quem observa alguem intimidado, e que não sabe aquilo que perde em não experimentar. Enquanto os dois, se observavam mutamente, sendo que nenhum deles ali estava presente nesse mesmo momento, o rapaz decidiu-se... E experimentou! Foi assim que descobriu o quão bom que era! O quanto ele tinha perdido nesta vida, e ai ele soube, e decidiu-se, que

Aquela Viagem...

Dentro do avião olho e cheiro os últimos cheiros e as ultimas visões do sudoeste asiático. Recordo os momentos que tive, e aqueles que passei... Olho para o passado, e tento não pensar no Futuro longe da terra que aprendi a amar, a cidade onde vivi a minha juventude. Recordo os momentos alegres, os mais tristes, os acontecimentos e tudo aquilo a que chamamos vida... Paro para reflectir, no porque voltei e no porque parto. Cinco meses de volta pelo oriente passaram a voar e acabaram num abrir e fechar de olhos... Talvez o regresso tenha sido demasiado cedo por uma ilusão de algo que parecia mudar aquilo que não queria mudar... Neste momento, vejo e sinto que Errei. Pois aquilo que eu quero é mesmo aquela flor roxa, a flor que reguei quando precisava desabafar, a flor que me fez sorri, chorar, cantar, gritar,... Aguardo a partida, e vejo à volta as vozes que se fazem ouvir. O Cantonês destaca-se dentro do avião, a língua pela qual me apaixonei, a língua que durante década e me

The Sun

Sunny Day, Rainy Day When You Come, When You Go, There Will Always Be, Someone Sad, Someone Happy. But Sunny Day, My Lovely, Beautiful Day, Won't You Come and Stay! Oh, Rainy Day, I Would Sadly Ask You to Come Another Day... Lisbon on a Rainy Day, Winter 2000

O Caminho Incógnito

Quantas vezes dizia ele que te mostrava o caminho? E quantas vezes ficaste tu perdida? Mas acabaste sempre por voltar aqui! Porque não tentaste saber se eras suposta seguir o caminho, ou se o teu lugar era aqui? Mas aventureira como sempre foste, continuaste à procura do caminho que ele te dizia mostrar. Sempre que te via partir, despedia-me com um até já, e tu acenavas-me como se fosse um adeus , um adeus para sempre! Aí, se tu soubesses que isso era só um jardim, e por mais voltas que caminhos que tomasses dentro dele, regressarias sempre a casa, nunca te terias magoado da maneira que te magoaste. Mas esse jardim, não era um jardim qualquer, este era o teu jardim. Onde só crescia, floria, e respirava, aquilo que querias, aquilo que tu semeávas, aquilo que tu regávas... Este caminho, que nunca parecia levar-te a lado nenhum e que ao mesmo tempo levava-te de volta a casa, era o teu caminho, dentro do teu jardim. Até que acordaste, e deixaste-te levar pela magia e paraste de p

O Amor

Quem será, será! Quem for, foi... O Amor é isso Mesmo! Cego, Ardente, Sofredor! Mas quando é mutuo, Ai sim, o Amor é Aquilo, Aquilo, Isto, Aquilo. Aliás, ai o Amor é tudo. Tudo o que Quisermos E Tudo o que Dermos. Ai o Amor, É Espectacular É Extraordinário... É Amor! E quando se Ama, E é Amado, A Vida Corre-nos A Vida Vive-se.... 2004

O Som e a Música

Duas ou três notas que tocam repetidamente neste rádio, mas que por si só são capazes de alterar um estado de espírito de qualquer pessoa. Vários sons compõem uma música, e várias músicas compõem um género. O que há de mágico na música que nos consiga alterar completamente o estado de espírito? Todos temos aquelas nossas músicas que nos caem bem em qualquer altura, e depois temos aquelas que ouvimos só por ouvir, e finalmente as que ouvimos e quase nos transportam para o passado, lembrando-nos de um lugar, uma pessoa, uma noite, uma acção, enfim, lembrando-nos de qualquer coisa... E por vezes alterando-nos completamente! A música não é só um hobbie, uma profissão, ou um espectáculo. A Música acima de tudo é a única arte que nos une pelos gostos, que nos une por um som, que nos leva todos a outro lugar, onde só cada um de nós o pode descrever. Lugar esse, onde um Som e uma Música, vale mais do que mil Palavras e vale mais do que uma Imagem. Santarém, 2004

O Velho

O velho caminhava pelo jardim quando reparou nela, e nesse momento sentiu-se tão jovem que poderia voltar a fazer aquilo que fazia nos seus tempos... Tempos esses em que ele conseguia alcançar quase tudo o que desejava... Quase tudo, pois ela era a única coisa que ele sempre desejara e ao mesmo tempo, tudo o que ela odiara. Ela, era aquela com que todos sonhavam, mas ao mesmo tempo, aquela que não alcançavam. Ela era a verdadeira MUSA, a mulher que todos queremos, mas que não quer ninguém. E hoje, passados muitos anos, ela estava ali sentada, no banco do jardim... Bonita como sempre e com uns olhos de encantar qualquer um. O seu sorriso continuava igual ao da primeira vez em que ele a conhecera. Cruzaram olhares e ela sorriu, o que lhe deixou perdido. Perdido entre recordações, pensamentos, imagens que lhe flutuavam pela mente e que lhe pareciam levar a algum lado. Ele piscou-lhe o olho, deu meia volta e pensou para sim mesmo - "chegou a hora" . E posto isso parti

Mundo

Mundo Meu, Mundo Teu, Por Onde Será Que Andas Onde Será Que Te Meteste E Porque Te Escondeste? Mundo Meu, Mundo Teu, Porque Não És Aquilo Que Imaginei, Onde Foi Que Te Viraram Onde Foi Que Te Destruiram... Santarém, 2004

(Sem título)

Acordei a olhar para ti, E logo me apeteceu Ler-te. Folhei-te um bocado, E só me deste vontade de Escrever-te. O quê? Não Sei! Mas também não te importas. Desde que eu pinte estas linhas, com coisas, Palavras, ou qualquer coisa, Tu contentas-te... Estou com uma dor de cabeça estrondosa, É o troco da maluqueira! E que maluqueira! Porque nos abrimos mais nesse estado? Ou até demais? Ficamos bastante Vulneráveis? Baixamos todas as defesas que fomos Erguendo, E ai, tornamo-nos nós Mesmos? Ou é a ilusão que tenho? Que puta de dor, esta que eu tenho, E Como não te escrevo, vou-te deixar Por Agora! Santarém, 2004

Uma Noite...

Hoje Vi-te E Sorriste E Infelizmente Ou Não O Teu Sorriso Disse-me Tudo... Tudo O Que As Palavras Custariam A Dizer, Magoariam A Sair. Hoje O Teu Sorriso Disse-me Aquilo Que Esperava, E Ao Mesmo Tempo Aquilo Que Eu Mais Temia. Só Tenho Pena Que Não Tivesse Demorado Mais; Que O Tempo Não Nos Tivesse Unido Toda A Noite E Que O Acaso Não Nos Tivesse Mantido Juntos Mais Tempo. Hoje Quando Me Sorriste Percebi Algo Que Me Parecera Ter Esquecido À Muito... Hoje, Sorri-te De Volta, E Disse-te Nele Que Percebia Aquilo Que Não Queríamos Dizer Um Ao Outro. Santarém, 2004

Flores...

Flores, tantas flores que por ai Crescem, florescem e Vivem. Porque tenho eu de ir Sempre colher a flor errada? Flores que nos sugam a respiração, Flores que nos encantam, E Flores que depois nos deixam de rastos. Porque não fui eu tornar-me um florista? Ao menos saberia qual a minha melhor flor. Santarém, 2004

Words

"If the words I wrote where meant to change something around this society, then I guess, I would have wrote them the other way around"

I Wish I Was...

I Wish I Was... Someone who could just for once, make the right decision about love. Who could once understand what is to love Who could once Show all his love and give all his love to someone he really loved. I wish I was just myself... Santarém, 2004

Palavras Na Mente

Palavras que flutuam na nossa mente, por vezes só são mesmo par nos despertar algum sentido e avisar-nos que algo está para nos acontecer. No meu caso foi escrever, e no teu? Santarém, 2004

Conta-me Histórias

Histórias Inacabadas, E Sem Sentido, Onde Nunca Ninguém Entrou E Nunca Ninguém Saiu, Como Era de Esperar. Histórias Onde Palavras Tornam Vivas As Personagens Que Uma Mente Foi Criar E Outro Foi Saborear. Conta-me Histórias, E Vira A Página... Santarém, 2004

A Estação de Comboios...

Aquele lugar onde nos encontrámos, Onde todos chegamos, E todos partimos. Nesta estação somos todos iguais, Tanto eu como tu, Vamos viajar, com semelhanças. Carruagens verdes, amarelas, brancas, Ou sejam elas castanhas ou cinzentas, A nossa viagem tem um só destino. Seja para Norte ou para Sul Esta estação lá nos deixará E ai eu e tu, Saímos, pois o nosso destino Era irmos naquele Comboio. Coimbra, 2004

Esses Olhos

Imagem
Se soubesses o quanto esses teus olhos fazem por uma vida, e o quão eles a iluminam, não estarias com essa tua cara, triste e desiludida. Mas naquele dia, ou talvez fosse sempre assim, não quiseste saber disso. E quando falei contigo, enquanto esses olhos brilhavam e iluminavam-me a alma, tu estavas parada noutro lugar longínquo. Pairavas pelo ar, e por pensamentos escondidos dentro de ti mesma, e estavas a preparar algo... Se eu soubesse aquilo que te passava pela mente, teria-me atirado de cabeça, para no fundo desse coração despedaçado e perdido, procurar aquilo a que costumavas agarrar-te mais, aquilo com que mais gostavas de viver, aquilo a que tu chamavas amor. Mas na altura não me passava nada pela cabeça, a não ser esses teus maravilhosos olhos, que me pareciam hipnotizar e levar a um lugar teu, escondido, mas simplesmente maravilhoso. Um lugar teu, tão belo, que mesmo que o fosse desenhar ou representar por palavras, jamais chegaria a alcançar uma pequena part

O Dia Em Que Te Conheci...

Podia começar a escrever, ou melhor, a descrever o dia em que te conheci de diversas formas, estilos, e maneiras, mas nenhum deles, iria ser tão real como o próprio dia em que te olhei, em que te falei, em que te conheci. Pois esse foi o dia que mais me marcou, e desde então, nunca desejei nada mais, senão esse próprio dia! Porque é que foi aquele o dia, que escolheste, para me tirar a vida?! Santarém, Julho de 2004

Diário De Um...

Hoje acordei bastante mal disposto e completamente arrependido de te ter conhecido. Pensei em deixar-te completamente, mas não passou de um pensamento. Mais um daqueles que não passa à acção. Pois se fosse assim tão fácil deixar-te, acho que já ninguém te queria. Embora às vezes, seja isso mesmo, temos medo do que nos podes fazer quanto te deixarmos e por isso nunca passamos à acção. Enfim, agora que escrevo isto, no fim deste dia, o primeiro de muitos, tais com outros que já vieram, vim dizer-te, que vou-te mesmo deixar. Calmamente, e Tranquilamente, vou-te deixando até que tu estejas preparado para me abandonares completamente! Tu e Eu! Hoje, pelo menos, espero poder dizer que chegou a altura de nos separarmos... Foste um grande prazer, mas ao mesmo tempo o pior deles todos. E agora não passarás do meu passado, ou assim eu espero... Porque tu, estás em todo o lado, quer eu queira quer não, esse vai ser o meu maior desafio! Boa noite... Santarém, 1 de Junho 2004

Pássaro

Voa, por entre o Mundo, Sem restrições, nem limitações, Por entre países, cidades, Vilas, aldeias e localidades. Quanto mais as bate, Mais elas mexem, Mais longe voa, Mais livre se torna. Observa e voa, O Pássaro é Livre, O Pássaro Voa. O caçador observa, A mira ajeita-se, O tiro dispara. O Pássaro, que pelos livres Ares, Voava e Vivia, Acaba caindo do céu Por entre sorridentes olhares, Daqueles que aplaudem O Caçador que celebra. Lisboa, 2004

Aquele Cigarro...

Puxei-te de entre o maço e escolhi-te ao acaso, porque pensei eu, ias-me saciar este vício, maldito vício, que outros muitos, como tu me causaram. Acendi-te, e enquanto te fumava, vi-te morrer, e desaparecer por entre os meus bafos, largos bafos, que te dei, e as cinzas em que te transformaste. Enquanto isso, o fumo pairava no ar, e tu meu cigarro escolhido, não passaste de uma ilusão, pois, agora que te foste, deixaste-me, ainda, com este vício maldito para outro mais... Coimbra, 2004 *editado 18.12.2005

Um Momento

Sentado neste pequeno espaço público, que não passa de um degrau de uma porta, não uma porta qualquer, mas uma porta fechada e enferrujada, que algures no tempo esteve aberta e funcional. Vejo e Observo. O que há à minha volta? Carros, uma ou outra árvore, prédios antigos, mas restaurados, pessoas, pássaros, lixo, e tudo o resto que se vê numa cidade, cidade essa de Coimbra. Que sons oiço? Um *click*, o som de uma fechadura, de uma porta que se abre, uns passarinhos que alegremente, cantam e assobiam, uns carros que passam, um telefone que toca, umas pessoas que falam, e o baralho de um jovem, sentado num degrau de uma porta fechada, que escreve e pinta a azul, estas linhas de uma página outrora branca... Um momento, podia ser qualquer momento, de todos os que vivemos e passamos, mas foi este e não outro. Coimbra, 2004

Por Falar em Ser... ou Não Ser...

Era uma vez um rapaz que queria ser alguém, e mais ainda, queria ser um rapaz amado pelo mundo em que vivia. Mas esse rapaz tinha um problema, e ele não era igual aos outros rapazes da sua idade. Embora os rapazes da idade dele não reparavam nessa diferença, essa ,diferença, já lhe tinha sido imposta pela sociedade, ainda antes de ele próprio saber que ia aparecer. Para os rapazes da idade dele, ele era o máximo, e todos adoravam brincar com ele, falar com ele, estudar com ele, aprender com ele, e tudo mais... Há medida que o rapaz foi crescendo, começou a aperceber-se da realidade que vivia à sua volta. As pessoas mais velhas olhavam-no de lado, os amigos que com ele tinham estado e vivido já se começavam a distanciar, e a tentar evitá-lo ao máximo. Pobre rapaz, continuava sem perceber o porquê de tal situação, e sem saber porque é que o mundo assim o tratava. Cresceu, Aprendeu, e Viveu sempre distante de todos os outros, e longe dos que amava. Agora com ele só e