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A mostrar mensagens de abril, 2006

(Mais) Um Momento...

Estou ainda sentado. Paciente. Mas cada vez mais impacientes. Os minutos passam, e eu, nem por eles dou. Derivado das chaves, que tendem em não chegar, consigo, aqui, para o meu caderno, abstrair-me do mundo, que avança freneticamente, 360º graus à minha volta. Observo o infinito. Oiço sons. Barulhos da noite. Luzes que acendem. Uma porta que abre, outra que se fecha. Um carro que sobe, rua acima, outro que desce, rua abaixo. Paro. Reflicto. Seria um carro que subia rua abaixo? Outro que descia rua acima? Paro, novamente. Escuto. Um cão que ladra. Um ciclista, nocturno, que passa. Olho. Olho para as horas. Mando uma mensagem. Recebo o relatório. Espero. Escuto, novamente. Um comboio que passa, lá em baixo, muito em baixo. Uma mota que viaja, algures por ai. Paro. Levanto-me. A perna está dormente. Mas, a caneta, e consequentemente a mão, parecem não se interessar. Escreve. Escreve sem parar. Escreve palavras que passam e atravessam a minha mente, a uma velocidade estrondosa. Uma veloci

Chaves

Chaves, mas que raio de chaves. Umas palpáveis, outras nem tanto. Umas abrem portas e lugares, outras guardam coisas e segredos, outras, ainda, decifram códigos e mensagens, e outras, ainda outras, abrem e criam fortunas. Mas estas, estas minhas chaves só me lixam é a vida. Para além de me abrir a porta, do meu pequeno, modesto, mas acolhedor refúgio, deixam-me, também elas, aqui agarrado, sentado à beira do desespero, mas ao mesmo tempo, esperançado, que a hora chegará, e que a porta se abrirá, aliás, como todas as outras, que ainda esperam ser abertas, ou outras ainda, que esperam ser descobertas… Chaves!!!