Sentado neste pequeno espaço público, que não passa de um degrau de uma porta, não uma porta qualquer, mas uma porta fechada e enferrujada, que algures no tempo esteve aberta e funcional.
Vejo e Observo. O que há à minha volta? Carros, uma ou outra árvore, prédios antigos, mas restaurados, pessoas, pássaros, lixo, e tudo o resto que se vê numa cidade, cidade essa de Coimbra.
Que sons oiço? Um *click*, o som de uma fechadura, de uma porta que se abre, uns passarinhos que alegremente, cantam e assobiam, uns carros que passam, um telefone que toca, umas pessoas que falam, e o baralho de um jovem, sentado num degrau de uma porta fechada, que escreve e pinta a azul, estas linhas de uma página outrora branca...
Um momento, podia ser qualquer momento, de todos os que vivemos e passamos, mas foi este e não outro.
Coimbra, 2004
Aquele canto da casa, no meu quarto, onde às vezes me sento, e inspirado por algo ou alguém, vivo ou morto, desta ou de outra dimensão, que me descreve e transcreve para palavras aquilo que eu aqui escrevo, e que tu supostamente lês.
17 julho 2004
Um Momento
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