Estava uma bonita, e fresca, tarde de Outono. Fresca, mas não tanto. O Sol, embora pequeno, iluminava de uma forma quase mágica, aquelas antigas ruas da cidade, repletas de, praticamente desnudas, árvores, pintadas em variados tons acastanhados. O sol, permitia ainda, que esta tarde, não fosse tão fresca como as outras tardes de Outono, o que a tornava, numa ainda mais bela tarde de Outono. Eu, caminhava, descontraidamente, saboreando cada passo que dava, aproveitando ao máximo, cada pequeno momento, desta rara tarde, quando, inesperadamente, senti o teu cheiro penetrar-me pelas narinas, hipnotizando-me, quase que de imediato, pelo teu fantástico aroma, fazendo-me seguir o seu rasto, até à entrada do café. Entrei. Parei. Respirei fundo, e deixei-me levar pelo teu, cada vez mais intenso, cheiro. Deixei que o teu cheiro se apoderasse de mim, e dos meus sentidos, e sem notar, deixei que ele me começasse, lentamente, a tomar conta dos pensamentos. Olhei em meu redor, e sem dificuldade algu...
Comentários
O mesmo se passa quando você, caro escritor, publica artes destas. Cá fica, o seu caro leitor, a tentar imaginar e a acreditar que ela tem algo sobre si. Mas o quê?
É essa uma das graças da vida: perceber os outros para além daquilo que os outros nos mostram. Por isso, cá vou continuar fiel ao seu Blog, tentando encontrar respostas para essa pergunta, que nunca terá UMA resposta.